quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Instituto Nômades e Ishtar realizam 2º Curso de Capacitação de Doulas


O Instituto Nômades e o Ishtar - Espaço para Gestantes realizarão seu 2º Curso de Capacitação de Doulas em março de 2012, no Grande Recife. O curso é voltado para mulheres de qualquer formação profissional que desejam ajudar outras mulheres durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, com foco na humanização do parto e do nascimento. A carga horária total de 40 horas, dividida em 5 dias, incluirá uma atividade prática de 6 horas de duração em uma maternidade local.

As aulas teóricas serão ministradas por uma equipe interdisciplinar com vasta experiência na atenção ao parto, que inclui doulas, obstetras, enfermeira obstetra e fisioterapeuta. A atividade prática terá a supervisão de uma doula experiente.

As vagas são limitadas!

Mais informações e inscrições:
dan@institutonomades.org.br | espacoishtar@gmail.com

sábado, 17 de dezembro de 2011

Doula: as mãos que acolhem e apoiam

Dia de 18 de dezembro de 2011, dia de Nossa Senhora do Bom Parto, será comemorado pela primeira vez o Dia da Doula no estado de São Paulo, através da Lei Estadual Nº 14.586 - Autoria da Deputada Estadual Ana Perugini.


Para todas as mulheres que se dedicam a doular, é uma forma de festejar e divulgar um papel tão antigo e importante na vida das mulheres gestantes e parturientes, mas ao mesmo tempo ainda pouco conhecido e reconhecido. E para as mulheres que estão na fase da vida que podem precisar desse apoio, é uma forma de conhecer, se aproximar.

O significado da palavra doula é "a mulher que serve" e hoje é atribuído ao papel da mulher que dá suporte físico e emocional especialmente durante o trabalho de parto, mas também antes e depois deste. É um papel desempenhado antigamente por mulheres com experiência, já mães, como a própria mãe, tia, avó e mulheres da comunidade, que apoiavam a parturiente no momento do nascimento e pós parto.

Com a medicalização e institucionalização do nascimento, esse papel foi perdendo força e espaço, infelizmente. No Brasil, com a maior divulgação sobre o resgate do parto humanizado, o respeito e não-violência a mulher no momento de parir, a doula tem retomado, aos poucos, esse lugar de suporte inexistente na equipe e tão necessário à mulher.

No Brasil estima-se que hajam cerca de 3.000 doulas capacitadas, porém apenas entre 10% a 20% atuantes, seja como voluntárias ou autônomas. Em nossa região de Sorocaba, são menos de 10 doulas conhecidas e ativistas, mas que tem auxiliado muitas mulheres em partos hospitalares e domiciliares, mudando aos poucos a realidade obstétrica com grupos de apoio, manifestos, movimentos, divulgação em mídia e etc.

Entendendo um pouco o papel da doula: ela é a mulher que pode dar apoio e informação antes, durante e após o parto. Antes do parto, pode auxiliar na elaboração do plano de parto através de informação, conversa e suporte, colaborando na preparação do parto. Durante o trabalho de parto, é a pessoa responsável por apoiar diretamente a mulher através de suporte físico (como massagem, auxílio em posições) e emocinal (como com palavras de incentivo e lembrando do planejamento do parto); também é aquela pessoa que é responsável pelo ambiente e conforto da mulher e sua família, caso necessário, como informar, deixar o ambiente mais confortável, alimentar a parturiente. No pós-parto, pode auxiliar a mulher nos primeiros dias na adaptação com o novo bebê, alimentação, amamentação. Esse papel preenche uma lacuna cultural e profissional inexistente em hospitais e equipes, apesar de muito importante para o sucesso e satisfação da mulher na gestação, parto e puerpério.
As mulheres que se interessam por esse apoio podem buscar em sua cidade ou região em qualquer momento da gravidez, sendo importante também o quanto antes, para que haja tempo de busca de equipe e elaboração de planejamento do parto, já que apenas o acompanhamento da doula não garante que o atendimento médico e hospitalar seja humanizado.

Nós do Ishtar Sorocaba apoiamos o trabalho das doulas e o definimos como "as duas mãos oferecidas à mulher: a que apoia e a que acolhe, acaricia". São as mãos que auxiliam no empoderamento e fortalecimento da mulher, sempre ao seu lado de forma silenciosa e secundária.

É um prazer imenso resgatar o feminino no ambiente e momento do parto, através de fortalecimento de vínculos entre mulheres que se entendem, se apoiam.

Michelle Antunes Rocha, Ishtar Sorocaba, apoiada pela doula em conjunto com sua família. Créditos de Kelly Stein.
Parabéns a todas as doulas que lutam e trabalham pelas mulheres, fortalecendo essa grande rede da humanização do parto e nascimento!

Caso você esteja grávida e esteja em busca de uma doula, em qualquer cidade do Brasil, nos escreva que auxiliaremos a encontrá-la: espacoishtarsorocaba@gmail.com

E você que foi acompanhada por uma doula, deixe aqui seu breve relato-depoimento!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Mamaço Recife



Dia 05 de junho de 2011, na Livraria Cultura, ocorreu o Mamaço Recife. Organizado pela mãe Ishtar Patrícia Arouca, em parceria com o Ishtar e o Instituto Nômades, foi um sucesso!



sábado, 14 de maio de 2011

CURSO DE CAPACITAÇÃO DE DOULAS - RECIFE

É com grande alegria que o Instituto Nômades e o Ishtar Espaço para Gestantes anunciam a tod@s a realização do seu CURSO DE CAPACITAÇÃO DE DOULAS no Grande Recife. Vejam mais detalhes abaixo e no cartaz em anexo. As inscrições estão abertas e as vagas são limitadas!

- Objetivo do curso: capacitar mulheres de diversas áreas/profissões para atuarem como doulas (acompanhantes de parto) em partos hospitalares e domiciliares.

- Público alvo: mulheres de qualquer formação profissional que desejam ajudar outras mulheres no trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.

- Período de realização: 09 a 12 de julho de 2011
- Carga horária total: 37 horas (haverá uma atividade prática numa maternidade local com 5 horas de duração)
- Local: Granja Jaguaroca, Aldeia, Camaragibe/PE
- Equipe:
Melania Amorim (obstetra)
Leila Katz (obstetra)
Dan Gayoso (doula)
Ana Katz Schuler (doula)
Kelly Brasil (doula)
Fabiana Melo (fisioterapeuta)
Marcelle Mello (enfermeira obstetra)

-Valor: R$ 600,00 (pode ser parcelado em até 3 vezes)

- Mais informações/inscrições: (81) 3454.2505 | 9973.8035 | 8825.1274 - dan@institutonomades.org.br | espacoishtar@gmail.com

terça-feira, 10 de maio de 2011

A Marcha das Parteiras de Brasilia no Correio Braziliense

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2011/05/06/interna_cidadesdf,251020/parteiras-reinvidicam-maior-reconhecimento-na-profissao.shtml

Parteiras reinvidicam maior reconhecimento na profissão

Em passeata pela Esplanada dos Ministérios, parteiras práticas e graduadas se reuniram, no dia mundial de sua categoria, a fim de reivindicar maior reconhecimento para a profissão no Brasil.
Luiz Calcagno

Janaína Moreno de Carvalho nasceu em casa. A mãe, Flávia Ilíada Oliveira, 30 anos, teve ajuda de uma parteira e de uma doula para dar à luz a filha. Tudo correu tranquilo, sem sustos no meio do caminho. A menina chegou saudável ao mundo e o pai foi o primeiro a pegá-la no colo. A história da mãe e da criança, no entanto, não é antiga, como se pode imaginar em uma época em que grande parte dos bebês nasce em quartos de hospitais. Ocorreu há apenas oito meses. Janaína também não nasceu em um lugar sem acesso a unidades e centros de saúde. Foi concebida na capital federal. Flávia é publicitária e faz parte de um grupo de mães que escolheram ter um parto normal, humanizado.

“Foi uma experiência transformadora e de respeito à mulher”, relatou. “Quando damos à luz em casa, com uma parteira, há um respeito ao tempo da mãe e da criança. Meu marido participou diretamente, então, os laços familiares ficaram fortalecidos. Ele pegou minha filha no colo quando ela nasceu. Antigamente, era assim que funcionava. A mulher se recolhia. Agora, são muitos médicos, muita luz. Em um hospital universitário, às vezes, vários estudantes de medicina assistem ao parto, quando ele deveria ser mais íntimo. Também é uma forma de resgatar uma tradição.”

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que apenas 15% dos partos realizados sejam cesarianas. Embora o número de procedimentos humanizados feitos no Distrito Federal e no Brasil supere o das cirurgias, o país ainda está longe de alcançar a marca. Brasília, por exemplo, registrou, em 2010, um total de 40.543 partos em hospitais públicos. Desses, 25.238, pouco mais de 62%, ocorreram sem uso do bisturi. Nacionalmente, dos 1,96 milhão de partos feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 1,24 milhão foram humanizados — aproximadamente 63% do total. Os números são da Secretaria de Saúde e do Ministério da Saúde, respectivamente.

Ontem, no Dia Mundial da Parteira, profissionais práticas (tradicionais) e graduadas fizeram uma passeata que seguiu do Ministério da Saúde para o Palácio do Planalto. A Marcha Regional das Parteiras, que reuniu profissionais do DF e do Entorno, durou cerca de duas horas e contou com representantes de São Paulo, do Amapá e de Tocantins. A categoria reivindicou maior reconhecimento do governo para os dois ramos da profissão. As graduadas pedem mais apoio governamental e as tradicionais querem ser reconhecidas como agentes de saúde. Na próxima semana, elas vão entregar uma carta com as reivindicações nos gabinetes dos deputados federais.

Para Paloma Terra, parteira graduada e organizadora da Marcha Regional das Parteiras, esses números estão abaixo das expectativas, principalmente pela “falta de atenção do governo com a categoria”. Ela alega que os quase 40% de cesarianas que ocorrem no DF e no Brasil ainda representam um número muito alto. “Na rede particular, a quantidade de procedimentos cirúrgicos de parto sobe para 80%. O Hospital Brasília, o melhor do DF, tem 90%. É urgente a integração das parteiras na atenção à saúde maternoinfantil no Brasil. Somos campeões mundiais de cesarianas. A cirurgia acarreta cinco vezes mais riscos para a mãe e para a criança”, alertou.

Humanização
Na visão de Paloma, o sistema está desumanizado. Ela alega que cerca de 17% das mulheres que dão à luz no setor privado e pelo menos 27% das que entram em trabalho de parto no setor público sofrem algum tipo de maus-tratos. “As mulheres saem do parto traumatizadas. Países como a Holanda e Escandinávia, com maior índice de saúde maternoinfantil do mundo, reconhecem essas profissionais. A parteira atende em caso de baixo risco”, exemplificou. Para a professora da Universidade de Brasília e parteira Silvéria Santos, a manifestação serve para dar visibilidade à categoria. “O sistema de saúde brasileiro omite a parteira tradicional. Não registram esses partos. Ela é uma mulher que atende a mãe e respeita a cultura, os valores eos hábitos da mulher”, afirmou.

Moradora de Santo Antônio do Descoberto (GO), Sebastiana Mendes, 84 anos, realiza partos desde 1960. Ela conta que nunca perdeu uma mãe ou filho durante um parto humanizado. “Me considero importante. Nos valorizar é o caminho certo. É uma profissão muito séria e o governo deveria nos respeitar e agir”, opinou. Embora não tenha filhos, a estudante Alaya Dullius, 26, identificou-se com a causa. “Acho que temos que melhorar o atendimento obstétrico no Brasil. Ele é violento e desrespeita as recomendações da OMS fazendo cesarianas desnecessárias. Se a gente melhora a forma de nascer, cria um mundo mais humano.”

Apoio psicológico
No parto normal ou humanizado, a doula é uma mulher que geralmente acompanha a parteira.

Ela ajuda em todos os procedimentos, mas tem o papel fundamental de prestar apoio físico e emocional à mãe, além de prestar informações sobre a gravidez.

A presença da doula possibilita um parto mais seguro, mais rápido e menos doloroso.

terça-feira, 12 de abril de 2011

[Brasília] Marcha das Parteiras – Uma luta pela Humanização do Parto

No Brasil, o número de partos por cesariana em hospitais particulares é cinco vezes maior do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde, chegando ao alarmante índice de 80%.

Além disso, os casos de violência contra parturientes são uma triste realidade. Um estudo denominado “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado”, aponta que 27% das mulheres que deram a luz na rede pública e 17% daquelas que pariram em rede privada relataram alguma forma de violência durante seu parto.

O Brasil possui uma forte rede de pessoas que lutam pela Humanização do Parto e do Nascimento. Esse movimento busca a integração das Parteiras Diplomadas (Obstetrizes) e das Parteiras Tradicionais no sistema de saúde. Vale salientar que o trabalho das parteiras tende a minimizar as intervenções desnecessárias durante o parto.

Os desafios são grandes. Atualmente, o único curso de graduação que forma Obstetrizes no país, na EACH-USP Leste em São Paulo, corre sérios riscos de extinção. Existem projetos - apoiados inclusive pelo Ministério da Saúde - que prevêem a integração das Parteiras Tradicionais no Sistema Único de Saúde. No entanto ainda é forte a resistência por parte de algumas corporações profissionais, como Conselho Federal de Medicina (CFM) e Conselho Federal de Enfermagem (COFEN).

Para o dia 05 de maio, dia internacional das Parteiras, estão previstas manifestações em várias partes do mundo inclusive outras cidades brasileiras como Rio de Janeiro e Florianópolis, lideradas pela International Confederation of Midwives (ICM), Confederação Internacional das Parteiras.

A Marcha das Parteiras em Brasília tem como objetivo chamar a atenção de autoridades públicas e sociedade para a integração efetiva da profissional Parteira (tradicional e diplomada) na assistência básica à saúde materno infantil contribuindo assim para a redução: da mortalidade materna e neonatal, da violência obstétrica e das vergonhosas taxas de cesarianas brasileiras. A concentração será a partir das 9 horas em frente ao Ministério da Saúde, seguindo para a Praça dos Três Poderes.


O QUE: Marcha das Parteiras

QUANDO: 05 de maio de 2011

ONDE: em frente ao Ministério da Saúde até a Praça dos Três Poderes

HORÁRIO: concentração às 9hs, saída prevista para às 10hs.

ASSESSORIA DE IMPRENSA:
Marieta Cazarré (61) 8160-5225 marietacazarre@hotmail.com

terça-feira, 29 de março de 2011